Pensei em criar um espaço no qual eu pudesse dividir e tirar de
mim as experiências e delícias nem
sempre de ser mãe hoje numa sociedade que nunca cobrou tanto de nós
mulheres. Cobram amor incondicional, beleza sem igual, barriga negativa,
paciência de monge, dedicação integral, independência financeira etc etc etc
Mas antes de começar é bom apresentar um pouquinho do que sou:
mãe, casada, carioca, trabalhadora, 26 anos, tenho dois filhos que são a razão
da minha vida e não me lembro de quem eu era antes deles, o mais velho é o
Asafe de 1 ano e 8 meses e a minha bebezinha é a Elisa, que está para fazer 2
meses ainda em abril.
O Asafe foi um desejo meu e do meu marido e pensamos em cada
detalhe da sua existência, a Elisa veio para mostrar que nem sempre as coisas
acontecem conforme planejamos e foi realmente para reafirmar um momento da
nossa vida que tudo saiu dos trilhos e está sendo preciso muita paciência e
amor para lidarmos com nossa situação- later a gente pode conversar melhor
sobre este momento.
Eu sou só isso e isso tudo ao mesmo tempo.
O nome do blog veio como uma referência à maneira que passo a
maioria do meu tempo: pensando e dispensando idéias e planos sobre a vida de
mãe e mulher que depende do seu trabalho e ao mesmo tempo deseja participar de
cada momento com sua família, ser uma companheira gente boa, me sentir bonita e
atraente e ser feliz.
São tantos conflitos que uma mãe ou uma
mulher que planeja ser mãe tem que lidar e encarar que nos vemos imersas em
pensamentos opressores que nos levam à quebra de expectativas, estafa física e
mental, malabarismos financeiros e, o pior de tudo, a depressão em muitos
casos.
Como nem todas nós gostamos de parecer
muralhas de amor e paciência e não
somos falsas não temos medo de dizer para o mundo que nem tudo são
flores na maternidade e na vida de fêmea – rs - , nasceu finalmente a idéia
mais límpida do blog quando às 3h e pouca da manhã eu amamentava minha
pequena... bom, acho que já foi um começo com muitas idéias de posts
fervilhando na cabeça.
Espero que gostem e também sejam livres para não gostar, pois
muitas minhas opiniões nem sempre correspondem com o que algumas pessoas- das xiitas
feministas até as puritanas altruístas- pensam, mas que se foda é isso
aí né...se eu quisesse ser neutra, escreveria matéria para jornal sqn .
Como não sou jornalista, sou apenas alguém que ama escrever e me expressar
através das letras, esperem muitas palavras, divagações e desabafos de alguém
que vem se desconstruindo a cada dia desde o momento que viu o resultado do primeiro
Beta como positivo.